Tendo em vista ainda os desafios interpostos para a permanência e efetivação da educação escolar dos estudantes com deficiência intelectual na escola comum esse material apresenta pressupostos teóricos que propõem a discussão e a reflexão sobre a verdadeira compreensão do processo de inclusão, em que supera as concepções históricas de limitações destes sujeitos tendo como foco a ampliação das alternativas pedagógicas que contribuem para as possibilidades de  desenvolvimento acadêmico e social destes estudantes.

Inicialmente neste capítulo, será caracterizado a deficiência intelectual tendo como elemento norteador o caráter subjetivo do desenvolvimento humano, considerando o estudante com deficiência intelectual como sujeito sócio histórico.  É relevante destacar aqui que não se trata de excluir ou simplificar a existência da patologia, mas, de rever o pensamento acerca das diferentes maneiras de aprendizagens, uma vez que, estas não se dão de forma descontextualizada e homogênea tendo como referência um determinado modelo social de forma a caracterizar os estudantes  como: “normal” – sendo estes considerados os que acompanham a turma e aprendem os conteúdos curriculares no ritmo considerado padrão para um determinado ano escolar; e os que  apresentam alguma patologia, antecipadamente assim julgados  pelo fato de apresentarem  dificuldades de aprendizagem e/ou comportamento bem como estarem em defasagem escolar, associando o fracasso escolar à deficiência concebendo-a exclusivamente ao substrato biológico.